D. Isabel Maria de Bragança
regente de Portugal entre D. Pedro e D. Miguel
DOI:
https://doi.org/10.23927/issn.2526-1347.RIHGB.2020(484):45-74Palavras-chave:
Família Real, Política Ibérica, Biografias, SociabilidadesResumo
As infantas filhas de D. João VI e D. Carlota Joaquina tiveram suas vidas esquecidas pela historiografia e têm permanecido no limiar do ostracismo. Dentre os acontecimentos das trajetórias políticas das seis infantas, a regência de D. Isabel Maria (1826 a 1828) pode ser considerada o ponto alto da história de tais princesas. Seu papel no governo de Portugal teve início com a morte do pai e foi marcado pelas disputas entre D. Pedro e D. Miguel pelo posto. A quarta filha do casal de soberanos auxiliou D. João como secretária em suas funções políticas e, enquanto regente, buscou assegurar o trono para o irmão D. Pedro, tendo, mais tarde, supostamente se voltado para o outro irmão. Escolhida pelo próprio pai para assumir a Regência de Portugal, entregou relutante o comando do país a D. Miguel. Solteira até a morte, a infanta mostrou uma postura política distinta da mãe e das irmãs, alinhando-se à do pai e à do irmão mais velho, e participou ativamente dos acontecimentos políticos do oitocentos. Por meio da análise de suas trajetórias pessoal e pública, busca-se compreender sua importância no contexto político brasileiro e da Península Ibérica, especialmente das relações entre Brasil e Portugal. Tal estudo visa contribuir ainda para a análise de importantes temas das historiografias brasileira e portuguesa por meio de novos usos e de possibilidades das biografias, que vêm conquistando seu espaço por meio dos enfoques da Nova História Política.
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