O bill Palmerston e o Império do Brasil
os debates sobre a política antitráfico britânica na imprensa do Rio de Janeiro, 1839
DOI:
https://doi.org/10.23927/revihgb.v.185.n.495.2024.184Palavras-chave:
bill Palmerston, Tráfico de escravizados, imprensaResumo
Em 24 de agosto de 1839, o Parlamento britânico aprovou o bill Palmerston como parte de sua cruzada global contra o contrabando de africanos para a América. A medida, que denotava uma radicalização da política antitráfico da Grã-Bretanha, classificou o comércio de africanos como tráfico, autorizando a marinha do país a capturar embarcações portuguesas suspeitas de realizar essa atividade. Partindo da premissa de que a contenda entre Portugal e Grã-Bretanha não influiu exclusivamente no destino desses mesmos países, o presente artigo tem como objetivo analisar com a imprensa brasileira, especialmente a do Rio de Janeiro, repercutiu o bill Palmerston. Com isso, o texto também pretende analisar as consequências da mesma lei para o futuro do comércio de escravos no Império do Brasil, sobretudo em sua dimensão política.
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