A Emergência da Família Chaple à Elite Liberal: Advogados e Mobilidade Socialna Cuba de Meados do Século XIX
DOI:
https://doi.org/10.23927/revihgb.v.184.n.493.2023.78Palavras-chave:
advogados, Cuba, liberalismo, elites, mobilidade socialResumo
À medida que mais famílias migrantes se mudavam para Cuba em meados do século XVIII, novas gerações de criollos nasciam, em um período de expansão econômica e demográfica da ilha. Alguns desses cubanos, inspirados nas primeiras ideias liberais, encontraram maneiras de acumular fortuna e começaram a ascender socialmente, obtendo cargos na burocracia local. Nessa época, no entanto, um diploma de Direito era essencial para se obter um cargo público de alto escalão, e vários novos estudantes se matricularam na Faculdade de Direito da Universidade de Havana. Dessa forma, o número de advogados na ilha se multiplicou, passando esses novos profissionais a ocupar cargos no judiciário e na administração locais, bem como na academia, a fim de se legitimar perante a sociedade cubana. Nesse sentido, este artigo utiliza a trajetória da família Chaple como estudo de caso da mobilidade social na Cuba do início do século XIX, estando ela ligada ao aumento do número de profissionais do direito da ilha, e seus diversos mecanismos para participação e controle da esfera pública local. Como a família Chaple ilustra, os profissionais jurídicos, por meio de suas crescentes conexões, criaram uma complexa rede social, política e familiar que incluía muitos indivíduos que ocupavam importantes cargos judiciais e administrativos na ilha. Esses advogados, de origem humilde, transformaram a sociedade colonial ao quebrar as tradicionais barreiras ao ensino e à prática jurídica. Consequentemente, no século XIX, os criollos formados em Direito, cada vez mais parte da esfera pública local, emergiram como uma primeira geração de elite liberal cubana.
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