Viva a Constituição, a Religião e o Trono
desafios para uma história social, política e constitucional do Brasil do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.23927/revihgb.v.186.n.498.2025.250Palavras-chave:
Constitucionalismo, Brasil, Século XIX, História do Direito, História PolíticaResumo
O presente texto busca apontar caminhos para estudos acerca dos sentidos do constitucionalismo no Brasil oitocentista para além da letra da lei, dos debates parlamentares e dos tratados de Direito. Partindo de fontes da primeira metade do século XIX - diplomas legais, textos publicados na imprensa coeva e documentos produzidos tanto pelos rebeldes balaios, como por seus detratores, sobretudo as autoridades maranhenses –, o artigo objetiva atentar para a existência de um constitucionalismo vivido e vernacularizado em espaços extrajudiciais e extra-legislativos.
Downloads
Referências
Actas da Camara Municipal de S. Paulo, 1815-1822. São Paulo: Typographia Piratininga, 1922.
Alvará de 12 de novembro de 1611, Em que se declarou a forma de fazer as eleições de Juizes e Procuradores, https://www.ibrade.org/wp-content/uploads/2018/03/Alvará-de-12-de-novembro-de-1618.compressed.pdf.
ASSUNÇÃO, Matthias Röhrig. “Sustentar a Constituição e a Santa Religião Católica, amar a Pátria e o Imperador”. Liberalismo popular e o ideário da Balaiada no Maranhão. In DANTAS, Monica Duarte (org.). Revoltas, motins, revoluções: homens livres pobres e libertos no Brasil do século XIX. São Paulo: Alameda, 2011.
ASSUNÇÃO, Matthias Röhrig. Pflanzer, Sklaven und Kleinbauern in der brasilianischen Provinz Maranhão, 1800-1850. Frankfurt am Main: Vervuert Verlag, 1993.
BARBOSA, Renata Bezerra de Freitas. Artífices de um novo tempo: os confrades da Irmandade de São José do Ribamar e a crise das corporações de ofício no Recife (1800-1824). Tese de doutorado em História Social, São Paulo, Universidade de São Paulo, 2024.
BARBOSA, Samuel. “Se revoltaram contra a Constituição actual do Estado”: contingência e indeterminação do constitucionalismo no Reino do Brasil (1821-1822). In DANTAS, Monica e BARBOSA, Samuel. Constituição de poderes, constituição de sujeito: caminhos da história do Direito no Brasil (1750-1930). São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 2021 (Cadernos do IEB, 14).
Bíblia Sagrada, contendo Novo e Velho testamento, traduzida em portuguez pelo padre João Ferreira d’Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho em Batavia. Londres: Impresso na Officina de R. e A. Taylor, 1819
BONAVIDES, Paulo e AMARAL, Roberto. Textos políticos da História do Brasil. Volume 1. 3ª edição. Brasília: Senado Federal, 2002.
CARVALHO, José Murilo de; BASTOS, Lúcia; BASILE, Marcello. Guerra literária: panfletos da Independência (1820-1823). Volume 2: análises. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2014.
CARVALHO, José Murilo de; BASTOS, Lúcia; BASILE, Marcello. Guerra literária: panfletos da Independência (1820-1823). Volume 3: sermões, diálogos, manifestos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
CASTRO, Pérola Goldfeder Borges de. “Em torno do Trono”: a economia política das comunicações postais no Brasil do século XIX. Tese de Doutorado, São Paulo, Universidade de São Paulo, 2021.
Collecção das leis do Brazil de 1821. Parte II. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1889.
Collecção das decisões do governo do Imperio do Brazil de 1822. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1887.
Collecção das leis do Império do Brazil de 1828. Parte primeira. Rio de Janeiro, Typographia Nacional, 1878.
Collecção das leis do Imperio do Brazli de 1824. Parte 2ª. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1886.
Collecção das leis do Imperio do Brazil de 1881. Volume I. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1882.
COSTA, Vivian Chieregati. Suspensão de garantias na monarquia constitucional representativa brasileira: debates parlamentares, práticas políticas e contestação à ordem (1824-1842). Tese de doutorado em História Social. São Paulo, Universidade de São Paulo, 2020.
Documentos para a história da Balaiada. Organização de Maria Raimundo Araújo. São Luís: FUNCMA, 2001.
DOLHNIKOFF, Miriam. O pacto imperial. Origens do federalismo no Brasil do século XIX. São Paulo: Globo, 2005.
DUVE, Thomas. Religious Normativity for Colonial Empires. In DUVE, Thomas e HERZOG, Tamar (ed.). The Cambridge History of Latin American Law in Global Perspective. Cambridge/ Nova York/ Londres: Cambridge University Press, 2024.
FARIA, Ana Mouta. A hierarquia episcopal e o vintismo. Análise Social, Lisboa, vol. XXVII, 2º e 3º, 1992.
GILLY, Adolfo. Historia a contrapelo. Una constelación: Walter Benjamin, Karl Polanyi, Antonio Gramsci, Edward P. Thompson, Ranajit Guha, Guillermo Bonfil Batalla. Cidade do Mexico: Ediciones Era, 2006.
HESPANHA, Antônio Manuel. Às vésperas do Leviathan: instituições e poder político. Portugal, século XVII. Lisboa: Edição do Autor, 1988.
HESPANHA, Antônio Manuel. Justiça e Litigiosidade: história e prospectiva. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993.
HOBSBAWM, Eric e RANGER, Terrence (eds). The Invention of Traditions. Canto Editions. Cambridge/ New York/ London: Cambridge University Press, 1992.
MONTEIRO, Nuno. Constitución: Portugal. In: SEBASTIÁN, Javier Fernández (dir.). Diccionario político y social del mundo iberoamericano. Madri: Fundación Carolina; Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales/ Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2009.
MOREL, Marco. A Transformação dos espaços públicos. Imprensa, atores políticos e sociabilidades na cidade imperial (1820-1840). São Paulo: Editora Hucitec, 2005.
NEVES, Lúcia M. Bastos Pereira das e NEVEZ, Guilherme Pereira das. Constituição. In: FERES Junior, João (org.). Léxico da história dos conceitos políticos do Brasil. 2ª ed. Revista e ampliada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das. Corcundas e constitucionais: cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan; FAPERJ, 2003.
Ordenações Filipinas. Facsímile da edição feita por Candido Mendes de Almeida. Livro I. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985.
PÉCORA, Alcir. Para ler Vieira: as 3 pontas das analogias nos sermões. FLOEMA – Caderno de Teoria e História Literária, ano I, n. 1, 2005.
PORTILLO, José M. Constitución: España. In SEBASTIÁN, Javier Fernández (dir.). Diccionario político y social del mundo iberoamericano. Madri: Fundación Carolina; Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales/ Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2009.
RUDÉ, George. The Crowd in History. A Study of Popular Disturbances in France and England, 1730-1848. Nova York/ Londres/ Sydney: John Wiley & Sons, 1964.
SANTIROCCHI, Ítalo Domingos. Cartas Pastorais Constitucionais no contexto da Independência do Brasil: dioceses setentrionais (1822). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 42, n. 91.
THOMPSON, E. P. Folklore, Anthropology and Social History. Brighton: John L. Noyce Publisher, 1979 [Reprinted from the Indian Historical Review, v. 3, n. 2, January 1978 [Reprinted from the Indian Historical Review, v. 3, n. 2, January 1978].
VASCONCELLOS, Bernardo Pereira de. Carta aos senhores eleitores da província de Minas Gerais. 2ª edição. Rio de Janeiro: Francisco Rodrigues de Paiva, s/d [Publicação original na Typografia do Astro de Minas, 1828].
VENANCIO, Giselle Martins; FERRERA, Maria Verônica Secreto de; RIBEIRO, Gladys Sabina Ribeiro (Org.). Cartografias da cidade (in)visível: cultura escrita, educação e leitura de populares no Rio de Janeiro Imperial. Rio de Janeiro: Mauad, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os textos da Revista do IHGB são publicados sob uma licença Creative Commons BY-NC-ND, ou seja, é permitindo o acesso gratuito e imediato ao trabalho e permitindo ao usuário a ler, baixar, distribuir, imprimir, buscar, ou criar links para o texto completo dos artigos (acesso aberto). Reusos dos textos, como citações ou republicações devem mencionar a autoria dos mesmos, mencionar que a publicação foi realizada na Revista do IHGB e não podem ser utilizados com fins comerciais e/ou sofrerem adaptações sem expressa autorização do Editor-chefe da Revista do IHGB e/ou a Diretoria do IHGB.